Eu era algo que não podia explicar,
transparente e intangível.
Depois, não me recordo bem,
tudo se desfez
e eu me vi acuado, atrofiado,
nadando e crescendo
dentro de um mundo ínfimo que,
entretanto, aquecia-me,
dava-me segurança.
Mas meu mundo, pequeno mundo,
caiu, virou de pernas prá cima.
Arrebatado sem nenhuma razão aparente,
afunilando-me na estreiteza
daquele mundo
que agora parecia-me distante,
senti-me amarrado pela barriga
e, de repente, eu via luz ...
sim, eu era algo ... que depois de tudo,
enfim nasceu, nesse mundo louco!
Por RUI RICARDO RAMOS.
NOTA: Texto poetizado em 28.02.1993. Inédito!
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