Eu tenho medo de morrer aqui
sem que antes tenha vivido
a vida que, vivo, desejo viver.
Eu tenho medo de mim
quando olho-me por dentro
é só vejo o que ninguém vê
olhando-me por fora.
Eu tenho medo do homem irracional
que mata e depois justifica,
racional, o motivo da morte.
Eu tenho medo da solidão
das noites dos domingos
porque sei que, depois delas,
vem a rotina das segundas.
Por RUI RICARDO RAMOS.
NOTA: Texto poetizado em 15.12.1991. Inédito!
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