Por que o amor,
se não nos deixam amar
o ser de quem tanto gostamos?
Por que tanta dor,
se culpa não teve,
nem tão pouco pode entender
a crueldade do seu inquisidor?
Nada pude fazer
enquanto suas entranhas
se diluiam
em uma só chaga cancerígena!
Me magoa
essa inerte passividade,
essa impotência econômica!
E como se não quisesse partir
cravou seus olhinhos nos meus,
lacrimosos, piedosos, já sem vida,
me pedindo prá ficar.
Suspirou duas vezes e entregou
o seu espírito felino
na presença do meu olhar.
Por RUI RICARDO RAMOS.
NOTA : Texto poetizado em 26.02.1992. Inédito!
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