Estes caminhos que são meus
e brotam de origens desconhecidas,
estreitos, retos, ondulados,
sobre as curvas das montanhas.
São os meus caminhos esvoaçados
que seguem entre os grãos dos campos
que produzem e alimentam
entretanto, estéreis, não saciam.
Caminhos longos é o que são,
caminham em todas as direções,
levam a tudo ou a nada,
são os meus caminhos.
Embora paralelos, tendem a encontrarem-se
estraçalhando as regras,
intemperindo, erodindo as rochas
que verdadeiramente são homens.
São os caminhos das brisas
que sopram nas mentes e nos corpos
dos que procuram caminhar sem rumo,
errantes, como caminham os ventos.
Por RUI RICARDO RAMOS.
NOTA: Texto poetizado em 18,01,1983. Inédito!
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