Saltou! Senna saltou afinal,
não sei se para renascer
em algum outro século,
como homem-de-gênio,
e conduzir luz
aos que dela necessitem
ou para ressuscitar no milênio,
na ressurreição dos justos
e eternamente viver na presença do Redentor.
Só sei que morreu Senna
como gostaria de morrer;
Tamborello não o venceu,
enganou-se se assim pensou.
Curvou-se diante do herói e,
como curva, acolheu-o
em sua concavidade fria
de concreto duro.
Autor: RUI RICARDO RAMOS.
NOTA DO AUTOR: Texto poetizado em 05.05.1994. Uma homenagem ao piloto Airton Senna que desencarnou em 01.05.1994.