domingo, 30 de janeiro de 2011

ETERNOS.

Voando contigo
nas nuvens coloridas,
na estrada cor-de-rosa
do meu mundo,
a inspirar
o pólen das flores
e sugar
dos fartos frutos,
o sabor do mel.

Flutuando
de maões dadas contigo
por entre as rosas
do meu jardim encantado
a semear vida
às belas e verdes plantas
que ficam a suspirar
a unicidade pura,
do leve ar
do nosso amado amor.

Cavalgando contigo,
no meu condor gigante
buscando os raios mornos
do sol brilhante
prá aquecer
os nossos corações
e sentir do alto a singeleza,
o encanto do nosso terno amor.

Busco contigo,
num céu sem referências,
o Deus do meu universo
e encontro-o na enérgia
do nosso ser
prá sermos imortais,
eternos no nosso amor.

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 26.09.1986. Inédito!

sábado, 29 de janeiro de 2011

O TEU OLHAR.

O teu verde olhar me encanta.
Só de olhar os teus olhos verdes
a cintilarem, encanto-me.
Do meu canto te olho.
Canto e suspiro
a vertigem deste sentimento.
Suspiro deste teu jeito,
inspiro este teu cheiro.
Cheiro que imagino,
mas não posso me achegar.
E, se chego,
não tenho coragem de falar,
só de adorar
os teus olhos verdes
e suspirar do teu jeito de me olhar.

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Eram tempos da minha juventude e da minha, consequente, imaturidade. Eram amores fervorosos, ingênuos e, muitas vezes, imaginários. Eram tempos de incertezas e de espinhas. De hormônios explodindo e de pensamentos inconfessáveis ...
Texto poetizado em 31.09.1980. Inédito!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

OS CINCO.

Primeiro éramos em cinco.
Tão felizes fomos, os cinco,
por anos a fio em nosso bangalô.
Em nossa memória dos dias superados,
nos planos traçados
por sonhos a realizar.
Na própria vontade de viver,
e viver sempre até não mais dar.
Por último, somos em quatro.
Com os mesmos problemas em dobro
e os velhos conflitos
 de gerações ou de opiniões,
que teimam em persistirem
no emaranhado das nossas razões.
Breve, seremos em três.
Quais três?
Se não sabemos quem partirá ?
E continuaremos perseguir o futuro,
mas onde iremos parar?
Fugiremos sempre da morte
em busca de um horizonte.
E, como desesperados,
que buscam à sorte
num só lance de um jogo,
seremos três a definhar.
E os anos passarão
até que não mais existamos ...

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 31.08.1992. Inédito!

domingo, 23 de janeiro de 2011

CÉU DO CHÃO.

Caminha um homem
na noite das estrêlas do chão
                     - persegue uma estrêla de brilho intenso -
aborda-a quase sem palavras,
nem gestos.

Transporta-a até o primeiro estágio
                       de um dos muitos céus
                       daquele universo de sombras
                       e de luzes mortiças.

Bailam os dois
                       ao som de um sonoro postal
                       num paralelismo entre a razão
                       e a inconsciência alcoólica.

Lá prás tantas,
                       a convites instintivos atendem.

No cubículo de Erós
                       brilha uma estrêla desnuda
                       aos olhos de um simples homem.

Roçar de corpos,
de línguas,
sussuros,
mãos no sorvete, na rosa orvalhada.

Um par de sêres num parque de prazeres,
é arte, pura arte
um sorvete e uma rosa
                        se encaixarem,
                        se absorverem,
                        se molharem,
se derramarem numa convulsão de extáses

Na penumbra da noite espêssa
a olhar as estrêlas do céu do alto,
pensa e fala um homem a caminhar
de mãos nos bolsos,
cigarro aceso:

- Como pode uma estrêla
e um mortal juntos ...?
- É sonho e arte,
puro sonho ... pura arte ...
- É céu, puro céu ...

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 07.05.1986. Inédito!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

NOVO TÓPICO NO BLOG: ECOLOGIA E AMBIENTALISMO.

AQUECIMENTO GLOBAL E TERRORISMO CLIMÁTICO.

O Pós-doutor, Luiz Carlos Molion, defende com veemência a tese de que a temperatura do planêta não está subindo e que a ação do homem, com a emissão crescente do CO2 e outros poluentes, nada tem a ver com o propalado aquecimento global. Boa notícia?
Nem tanto, diz.
Molion sustenta que está em marcha um processo de resfriamento do planêta. "Estamos entrando numa nova era glacial o que para o Brasil poderá ser pior", pontifica. Para Molion, por traz da propagação catastrófica do aquecimento global, há um movimento dos países ricos para frear o desenvolvimento dos emergentes.
O clima da Terra, diz ele, é resultante de tudo o que ocorre no Universo. Se a poeira de uma super-nova que explodiu a 15 milhões de anos for densa e passar entre o Sol e a Terra, vai reduzir a entrada de radiação solar no sistema e muda o clima. Este ciclo de aquecimento muito provavelmente já terminou em 1988. Existem evidências, por medidas feitas via satélite e por cruzeiros de navio, de que o Oceano Pacífico está se aquecendo fora dos trópicos - daí o derretimento das geleiras - e o Pacífico tropical está esfriando, o que significa que estamos entrando em uma nova fase fria. "Quando esfria é pior para nós."
Quando a atmosfera fica fria ela tem menor capacidade de reter a umidade e, aí, chove menos.
Eu gostaria que aquecesse realmente, diz Molion, porque, durante o período quente, os totais pluviométricos foram maiores, enquanto de 1946 a 1976 a chuva no Brasil, como um todo, ficou reduzida.

Publicado em Blog-Jornal O Campineiro por RUI RICARDO RAMOS.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

ADEUS À ROSA.

Fevereiro,
seu segundo amanhecer
veio-nos tristonho.


                              (morreu a rosa,
                               Minha Rosa morreu sozinho,
                               na solidão,
                               sem que ninguém percebesse,
                               partiu.)


A mim
coube a estranha tarefa
de removê-lo ao pó,
de onde veio.


Muitos anos se passaram,
desde a sua vinda
até o momento em que partiu.


Lembro-me:
não nos dávamos muito bem
                                   (na verdade
                                    não gostava de mim,)


                                    enquanto eu,
                                    só agora percebo:


Eu o amava!


Mesmo com o nosso
inexpressivo relacionamento,
eu o amava.


Compreendia,
as suas reações agressivas,
atendia
a uma forma menor
de raciocínio,
de auto-defesa:


                              (o instinto!)


Ele não podia entender-me
e eu admirava-o pois,
apesar das reações secas
instantâneas, cruéis, indecifráveis,


                               para alguns desleais,
                               grotescas, animalescas, ...


Não o compreendiam,
ele era sincero!


Jamais se mostrou a mim
em estado de falsidade,
coisa tão comum
entre os homens.


                               (Eu o entendia e amava.)


Num ato instintivo e de reflexo
atirei
a embalagem que continha-o
por sobre algumas árvores.


Neste exato momento,
vi
o seu espírito alado
lançar-se
de peito aberto no espaço,


num vôo poético
sob o sol
da Serra Rainha
e se perder de EU
no infinito:


                              (Nunca esquecerei
                                este momento.)


Adeus à rosa
à Minha Rosa.


Por RUI RICARDO RAMOS.


NOTA: Texto poetizado em 02.02.1989. HOMENAGEM. Inédito!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

CAMINHOS DOS VENTOS.

Estes caminhos que são meus
e brotam de origens desconhecidas,
estreitos, retos, ondulados,
sobre as curvas das montanhas.
São os meus caminhos esvoaçados
que seguem entre os grãos dos campos
que produzem e alimentam
entretanto, estéreis, não saciam.
Caminhos longos é o que são,
caminham em todas as direções,
levam a tudo ou a nada,
são os meus caminhos.
Embora paralelos, tendem a encontrarem-se
estraçalhando as regras,
intemperindo, erodindo as rochas
que verdadeiramente são homens.
São os caminhos das brisas
que sopram nas mentes e nos corpos
dos que procuram caminhar sem rumo,
errantes, como caminham os ventos.

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 18,01,1983. Inédito!

domingo, 16 de janeiro de 2011

NOVO ESPAÇO NO BLOG: FRASES DO POETA.

"FAZ DA TUA VIDA A TUA ROCHA
E TE CONSTRÓI SOBRE ELA."

"DEUS É A ÚNICA VERDADE
ENTRE AS VERDADES DO UNIVERSO,
POIS TODAS AS OUTRAS COISAS
NOS SÃO DADAS A CONHECER POR ELE,
COMO LHE APRÁZ
E NO SEU DEVIDO TEMPO."

CAMPINA GRANDE.

Dizem os simples
que a tua graça
está no teu jeito acolhedor,

cantam os poetas
palavras doces que te enternecem:

"Doce mel,
o meu dos lábios jovens
das fêmeas que ao teu relento
caminham com graça,
e te preenchem, e te povoam."

Não sei se o meu destino
está junto ao teu
com o escorrer dos tempos,

no entanto, me envaedece
do teu ventre me ver crescendo
e ouvir nos meus sucessos
me chamares de teu filho.

Que creças tu
em tamanho e progresso
e dos filhos teus
cresça o amor por te, CAMPINA.

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 11.12.1987. Uma homenagem dirigida a Campina Grande/PB. Inédito!

sábado, 15 de janeiro de 2011

NOVO TÓPICO NO BLOG: ECOLOGIA E AMBIENTALISMO.

... plantar árvores, reflorestar áreas desmatadas, é uma ação altamente benéfica para a conservação ambiental. A cobertura vegetal, dentre outros benefícios, protege o solo contra a erosão das chuvas e dos ventos, diminui o assoreamento dos rios, preserva a qualidade da água e da vida aquática.
A evapotranspiração das árvores, por sua vez, consome grandes quantidades de calor e ajuda a resfrigerar o ar próximo à superfície. A conservação ambiental é uma necessidade de sobrevivência da Humanidade, independente de mudanças climáticas, quer seja aquecimento ou resfriamento global.
Fonte: MITOS CLIMÁTICOS.
Trecho de um artigo do Prof. Luiz Carlos Baldicero Molion.
Publicado no Blog-Jornal O Campineiro por RUI RICARDO RAMOS.

AO PODER.

Indigestos tempos,
Maldita formação social,
Que em meus braços coloca grampos
E em minha mente o imoral.

Grandes homens que sobem ao poder
Em nome do bem e da moral,
Pouca coisa a perceber
Além da miséria e do mal.

Em seus suntuosos palácios nevoentos
Idéias sórdidas que só a eles convêm,
Em seus ninhos, sonolentos,
Espantalhos, formas do além.

Mais que não mostre o sentimento a face,
Pois agora se afoga o que antes convira,
Ventre ronca, da dor sua mão nada conhece,
Porém da dor que punge, espuma a coléra, a ira.

Ilustres nomes de barganhas a defender,
Suas madames: breves poses com seus colares,
O que os fazem tão dignos a merecer?
Nada!, além de no lugar dos burros
À carroça os atrelares.

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 1980. Inédito!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O ANDAR.

Ando, ando
e sinto a vida
no meu andar.


Mas, se paro,
morro
então ponho-me
a andar.


E ando, ando
sem parar,
prá finalmente
pensar,
no meu andar ...


Por RUI RICARDO RAMOS.


NOTA: Texto poetizado em 25.10.1991. Inédito!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A FLOR.

Bela flor
a que encanta o meu jardim

Singela é a flor
quando a olho
e suas pétalas abertas
sorriem prá mim

Se o orvalho
que de claridades incertas
ilumina a beleza da flor,

minhas lágrimas ternas,
de encanto,

encandeiam o tom da cor
e o pranto tenaz se ameniza
com o passar da dor,

como a brisa que,
suave,
leva o perfume da flor

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 21.05.1987. Inédito!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A PROCURA.

procurava qualquer coisa
em qualquer lugar ...

onde se agarrasse
para suportar melhor a dor

                          - não, não aquilo ...
                          - esse objeto estranho,
                            obtuso

vasculhava cada pedaço de chão
com todos os sentidos
refletidos em sua procura

... finalmente viu qualquer coisa
por traz de uma sombra escura

                          - será aquilo?
                          - não, não aquilo ...

e em todo lugar que procurava
por qualquer coisa,
não encontrava

e de dor explodiu
em milhões de pedaços
que se transformaram
em qualquer coisa,
que ele tanto procurava

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 11.04.1987. Inédito!

domingo, 9 de janeiro de 2011

O CARRASCO.

No final dos dias, ao entardecer,
mãos de outros, tuas impróprias mãos,
arrastam nas terras pútridas de um campo
por entre os reflexos de um sol sem brilho
as carcaças sombrias dos martirizados.
De uma janela distante
os olhos azuis, lacrimejantes,
degustam sinistra obra.
A cabeça, meio de lado, pensativa, louca,
faz com que delírios flutuem
por regiões disformes.
De um salto, à transparência
e transmutado é o sangue que corre
nas suas veias: do rubro ao azul celeste.
Lábios trêmulos deixam-se morderem-se
pelos dentes afiados e,
ao sentir o sangue fresco a escorrer-lhe, saboreia-o.
Pegando-o entre as mãos,
olha para o céu cinzento e pensa:
(não é da côr dos meus olhos ...?)
E das nuvens escuras
surgem abutres com vôo de águias
que cospem fogo, encanta-o,
deixa-se ficar imóvel
e um riso débil, infinito, se sobressai ...

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 15.10.1986. Inédito!

sábado, 8 de janeiro de 2011

A RUPTURA.

Um dia, caminhando
por entre
as muralhas do consumo,
encontraram
frente a frente
o bagaço,
o vinhoto das canas
daquele engenho maldito.

Surge em seus olhos
um brilho lacrimoso
e em suas idéias
a vontade de despertar
do sono da passividade.

E agora,
com firmeza audaz
e de compromisso
impregnados
em suas veias,
fazem jorrar do engenho
o caldo quente
e saboroso da liberdade.

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 01.04.1987. Inédito!

O OBSERVADOR.

Uma sandália solta
na areia daquela praia
e uma rima surda envolta
na indiferente acinésia
daqueles pés sem cavas;
entre tantas marcas seguiam
pro eco acintoso das ondas bravas,

que dentre as águas surgiam
com suas línguas de sal,
vêm com estrondoso bramar:
... capaz de castrar o mal
e levam-na,
prás profundezas do mar.

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 09.02.1987. Inédito!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A PAIXÃO.

Das cinzas da dor
construí o meu verso,
triste sina, a minha,
ter ele
como cruel torturador,
sem inverso,
sem processo algum
que amenize a rima,
que descaminhe a linha
dessas verdades.

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 10.12.1986. Inédito!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

VAZIOS.

Quem dera
a noite ser infinita
e o homem
              - dela -
eterno prisioneiro

Quem dera
todo homem
e cada mulher
fossem boêmios
prá deslizarem
na brisa fria da noite
e, numa simetria
quase perfeita,
preencherem os seus vazios ...

Quem dera
fosse a noite
                - berço dos poetas -
e declamassem os seus encantos

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado na madrugada do dia 14.03.1988. Inédito!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

NOVO ESPAÇO NO BLOG: FRASES DO POETA.

Muitas vezes as pessoas se transformam pelo desejo de viver, ardentemente, uma vida que não lhe é concedida.



Se conheceres a verdade nunca mais te esquecerás, pois ela sempre estará presente na tua vida e pesará nos teus atos.

Por RUI RICARDO RAMOS.

A FASE.

Um menino a vadiar
comparças encontra
no ato de brincar;
correm nas ruas,
gritam, xingam
mendigas nuas
sem razão prá xingar.
Entre eles próprios,
coisas obsenas,
livros impróprios;
representam cenas
(tiros vêm a calhar)
sem, no entanto,  mirar,
matar ...
por qualqur motivo
põem-se a brigar
todos contra um.
Olhar ativo,
grito de guerra,
pernas prá que te quero,
estremece a terra.
Crianças comuns
esquecem de tudo
e, de súbito, sem pensar,
atiram pedras num mudo
e de novo começam a brincar ...

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 21.11.1986. Inédito!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

CRIAÇÃO.

Inexistia o tempo,
que dormia deitado no colo
do duradouro infinito,
onde estava o Construtor Luminoso,
criador da raiz do mundo
e da feição bruta da matéria amorfa.
O eterno vibrava no infinito
e o germe que estava na escuridão,
respirava o ar adormecido da vida.
O germe morava no ato
e o ato era a própria luz,
filha branca da escuridão.
De repente, a raiz do mundo
faz florescer a luz,
a escuridão desaparecera,
deixara de existir.
A hora chegara,
o raio relampejava dentro do germe;
o germe-matriz desabrochara,
o raio da vida se multiplicara
em raios menores.
Era o início da vida sensível
e sem forma porque, inconsciente,
a vida pulsava
na imensa escuridão do cósmos,
onde a Enégia Criadora da Verdade
se transformara no Ser.

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 14.01.1978. Inédito!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A VARANDA.

Varanda dos meus encontos
onde contigo vejo as estrêlas brincar
onde me olhas pelos cantos
como quem medo tem de amar.

Na fonte da juventude
juras de amor te dou
tu respondes com a quietude
de quem tudo acabou.

Eu queria nesta noite
sentir o gosto do sim
com um beijo de açoite
e um abraço sem fim.

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 01.08.1986. Inédito!

domingo, 2 de janeiro de 2011

O PREFERIR.

Uma vez seria filho
na outra seria trilho
do direito que afronta
ou do dever que oprime a tantos.

Outra vez era o passado
que no mundo causou enfado
e dobrou os homens todos
imaginando o futuro.

Já quiz eu ser de tudo,
pensei até em ser escudo
da própria imaginação
ou do que prefiro ser.

Prefiro viver assim
do início até o fim,
construtor de verso e prosa,
engenheiro da palavra.

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Texto poetizado em 30.01.1992. Inédito!

sábado, 1 de janeiro de 2011

PRIMEIRAS CHUVAS DE JANEIRO.

Nuvens de intenso azul escuro
e de dimensões descomunais
caminham prá todos os lados
prenunciando o renovar da vida.
Seus espermas, tantos são,
que caem do alto, fecundam a terra
e espalham a vida por todos os recantos.
Sementes diversas
dão origem à vidas diversas
que, como por encanto,
pulam do ventre vasto da terra mãe
e se espalham, de modo harmônico,
à vista dos homens
que admiram e dizem:
- Dia desses, o Sol ressurgirá prá iluminar,
aquecer a vida que brota
e afirmar o existir das crias
das primeiras chuvas de Janeiro.

Por RUI RICARDO RAMOS.

NOTA: Embora o presente texto tenha sido poetizado há muitos anos, fiz questão de publicá-lo hoje, dia 01.01.2011, tendo em vista que, nesta madrugada, embora que parcas, cairam as primeiras chuvas de Janeiro aqui,  na cidade de Campina Grande, A Rainha do Planalto da Borborema.
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Quem sou eu

Tenho 46 anos, sou casado e tenho uma flha que se chama Náheda Cecília e uma esposa chamada Geralda. Sou funcinário público do Poder Judiciário. Sou formado em dois cursos superiores: Engenharia de Minas e Licenciado em Ciências Geográficas. Vivo na bela e punjante cidade de Campina Grande - PB. Sou poeta por opção e por receio de perder-me nos bastidores das minhas idéias. Assim, transformo-as, tão somente, em palavras e poesias.